Um dia, uma noite, é o tempo que
ainda resta para o fim de um relacionamento entre duas pessoas que até então se
diziam perdidamente apaixonadas pela outra. No início tudo era perfeito. Tudo
era maravilhoso. As juras e promessas de fidelidade e amor eterno eram feitas a
todo instante. Os defeitos que cada um tinha; desapareciam pelo meio dos
desejos que se juntavam ao prazer nos momentos de descontração e de descobertas
de uma nova vida. A magia do surgimento e nascimento daquele grande amor era a
chave que faltava, e que ambos estavam à procura para abrir a arca do
entendimento e da felicidade.
Com o passar do tempo e dos anos, tudo mudou a cada minuto, a cada hora, a cada dia, a cada noite. Os defeitos e as manias que tinham e carregavam dentro do peito vieram à tona; e a partir daí tudo começou a mudar. Deslumbrados, tristes, desencontrados e aborrecidos pelos rumos que a vida resolveu levá-los, deixou de fazer sentido, e talvez por essa razão o amor tenha chegado ao fim tão prematuramente. O que antes era fantasia, sonho, esperança, descobrimento, total harmonia e paz dentro e fora do lar, tornaram-se num barril de pólvora, com poucas palavras faladas num tom de discórdia e provocações nas horas difíceis.
Com esses acontecimentos os encantos do amor foram quebrados, e a desilusão e as deceções passaram a fazer parte do dia-a-dia. Foi assim que tudo foi engolido e esquecido pelo tempo. E o que resta agora é somente uma magia do amor que ficará nas lembranças do passado após mais um dia, mais uma noite que ainda está por vir no entardecer.
CIRNELANDIA RIBEIRO
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